Em seu novo livro, Na Nossa Pele, Lázaro Ramos compartilha um relato profundamente simbólico da sua trajetória pessoal. Ele conta que, quando tinha apenas 10 anos, sua mãe, Célia Maria do Sacramento, foi agredida pela “patroa” enquanto trabalhava como empregada doméstica em uma casa em Salvador. Anos mais tarde, Lázaro decidiu comprar exatamente essa casa — cenário de um episódio doloroso — e transformá-la em uma ONG dedicada a acolher profissionais resgatados de situações análogas à escravidão.
No livro, o ator descreve a decisão como carregada de sentimentos mistos: “vingança, justiça e insegurança”. Para eternizar a memória de sua mãe, mandou pintar um grafite com o rosto dela em uma das paredes da casa. Ao transformar um lugar marcado pela dor em um espaço de acolhimento e dignidade, Lázaro reafirma, em palavras e atitudes, seu compromisso com a justiça social e a valorização das histórias invisibilizadas — começando pela da própria mãe.o favorável pra que as mulheres possam fazer parte daqueles ambientes que sempre foram masculinos”, ressalta.