Mulheres, crianças e idosos estão mais vulneráveis dentro de casa

Redação àflordapele

bruna@bvcomunicacao.com.br

O novo Atlas da Violência, divulgado pelo Ipea em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, escancara uma dura realidade: para mulheres, crianças e idosos, o maior risco não está nas ruas, mas dentro de casa.

Os dados impressionam. Em 2023, 67% dos casos de violência contra crianças ocorreram no ambiente doméstico. Quando falamos de homicídios de crianças de até 4 anos, o número é ainda mais estarrecedor: 9 em cada 10 foram assassinadas dentro de casa. As mulheres também não estão seguras — mais de 65% dos feminicídios aconteceram na residência da própria vítima. E os idosos, muitas vezes invisíveis nas estatísticas, seguem expostos à negligência e agressões, frequentemente vindas de pessoas próximas.

Essa realidade exige mais do que indignação. Exige ação.

É urgente que a sociedade esteja vigilante e se recuse a tratar a violência doméstica como um problema privado. Se você souber de qualquer sinal de abuso ou negligência, denuncie.

O Disque 100 é um canal anônimo e gratuito, disponível 24 horas por dia, que permite que qualquer pessoa denuncie violações de direitos humanos.

A Central de Atendimento à Mulher (180) é um canal criado pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, que presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. Disque 180 também é um canal anônimo e gratuito, disponível 24 horas por dia.

Mas é preciso ir além da denúncia. Precisamos nos aproximar da vida em família, cultivar relações seguras, buscar escuta, diálogo e respeito dentro de casa. E, nas eleições, votar com responsabilidade: escolher candidatos que priorizem políticas públicas voltadas à proteção da infância, das mulheres e dos idosos.

O combate à violência doméstica começa dentro de casa, mas só se sustenta com o engajamento de toda a sociedade. Que a gente não se cale. Que a gente não aceite. 

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